Comparação qualitativa das características dos vários tipos de lâmpadas. - Só Faz Quem Sabe

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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Comparação qualitativa das características dos vários tipos de lâmpadas.

Conheça as diferenças entre os vários tipos de lâmpadas existentes e saiba qual tipo utilizar nas diferentes situações do dia-a-dia. Descubra qual lâmpada é mais eficiente, qual dura mais e qual é a mais econômica.

Tipos e características da lâmpadas.
by Roberto M.
A luminosidade é algo imprescindível. No início essa necessidade era suprida pela chama produzida por vários tipos de combustível (gás, vela, óleo, etc.). Mas, lá pelos idos de 1879, o norte-americano Thomas Edison inventou a lâmpada elétrica.
A partir daí, muitos tipos de lâmpadas surgiram e têm sido comercializados por todo o mundo.
Entretanto, na hora de escolher, os consumidores ficam confusos.

Qual é o melhor tipo de lâmpada para uso residencial? E comercial? Qual é a mais econômica? Qual dura mais?
Por isso, é muito importante que o consumidor conheça os vários tipos de lâmpadas existentes no mercado.
Mais do que isso, é importante saber, ou ter uma ideia, de como um determinado tipo de lâmpada pode ser mais ou menos vantajoso.

É recomendável que antes da compra, o consumidor saiba, exatamente, qual lâmpada deseja adquirir.
Vamos colocar, aqui, uma lista dos vários tipos de lâmpadas existentes no mercado e quais as diferenças existentes entre eles.

LÂMPADA INCANDESCENTE

Este é o tipo mais barato de lâmpada, mas é o menos eficiente.
Embora o preço de compra seja baixo, o consumo de energia é alto, aumentando o valor das contas.
Apenas o equivalente a 5% da energia elétrica consumida é transformado em luz, os outros 95% são transformados em calor.
Produz mais calor do que luz e, por isso, é muito ineficiente quando se trata de produzir iluminação.

Lâmpada Incandescente comum.

Basicamente, a lâmpada incandescente consiste em dois fios de cobre que se acham firmemente fixados dentro de um bulbo de vidro. Entre as duas extremidades dos fios de cobre estende-se um outro fio muito fino chamado filamento. Ao ser atravessado pela corrente elétrica, o filamento torna-se incandescente, produzindo luz. Para evitar que os filamentos entrem em combustão e se queimem rapidamente, todo o ar existente dentro do bulbo de vidro é removido e em seu lugar colocado mistura de gases inertes, nitrogênio (azoto) e argônio (argon) ou criptônio (crípton).

Hoje em dia os filamentos são, geralmente, feitos de tungstênio, metal que só funde quando submetido a temperatura altíssima (3422 °C).
Uma lâmpada incandescente pode durar de 700 a 1000 horas de uso.
Devido à sua alta ineficiência, este tipo de lâmpada está sendo abolido do mercado no mundo inteiro.

LÂMPADAS HALÓGENAS OU DE HALOGÊNIO.

As lâmpadas halógenas possuem o mesmo princípio de funcionamento que as lâmpadas incandescentes comuns, ou seja, são, em geral, formadas por uma ampola de vidro com um filamento fino de tungstênio, metal com elevadíssimo ponto de fusão(3422°C). Quando esse filamento de tungstênio é percorrido pela corrente elétrica, ele emite uma luz.

Lâmpadas halógenas ou de Halogênio.

A diferença entre elas é que no interior das halógenas existe o gás iodo (um halogênio) que, através de reações químicas com o tungstênio do filamento, faz com que a lâmpada não escureça e tenha maior durabilidade. As lâmpadas halógenas duram 2000 horas e podem chegar a 5000 horas.

São mais eficientes e mais econômicas do que as lâmpadas incandescentes.
No entanto, elas são mais caras e queimam facilmente em temperaturas elevadas. A lâmpada dicroica é um tipo de lâmpada de halogênio.
São usadas em luminárias com diversas aplicações interiores ou exteriores e em particular nos faróis dos automóveis.

LÂMPADAS FLUORESCENTES TUBULARES

As lâmpadas fluorescentes são muito mais eficientes do que os dois tipos de incandescentes citadas acima, consumindo menos energia elétrica.
Emitem energia magnética em forma de luz e produzem uma quantidade muito pequena de calor.
Podem durar de 10000 a 20000 horas.

Lâmpada Fluorescente Tubular.

Basicamente a lâmpada fluorescente tubular consiste em um tubo de vidro selado, revestido com material à base de fósforo, que possui um par de eletrodos (conectados a um circuito elétrico) em cada extremo e carregado com gases inertes (comumente é utilizado o argônio) a baixa pressão e uma pequena porção de mercúrio.
Ao ligar o circuito, a corrente flui até os eletrodos. Uma diferença de potencial (voltagem) considerável é formada entre eles. Isso faz com que haja uma ionização (os elétrons migram, através do gás, de uma extremidade para a outra).

Essa energia de ionização faz com que parte do mercúrio que está dentro do tubo se vaporize (passa de líquido para gás).
Como os elétrons e os átomos carregados se movem dentro do tubo, alguns deles irão colidir com os átomos dos gases de mercúrio. Estas colisões excitam os átomos e eles liberam fótons de luz na faixa de comprimento de onda do ultravioleta. Nossos olhos não registram os fótons ultravioleta, então este tipo de luz precisa ser convertida em luz visível para iluminar.

O tubo de vidro é coberto com um material à base de fósforo. Este, quando excitado com radiação ultravioleta, gerada pela ionização dos gases, produz luz visível.
Para funcionar, uma lâmpada fluorescente necessita do reator, que gera a tensão necessária para o arranque e controla a corrente consumida durante o funcionamento da lâmpada.

LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS

As lâmpadas fluorescentes compactas trabalham exatamente do mesmo modo que as fluorescentes tubulares normais. Elas possuem o reator integrado e têm as dimensões bem menores, inclusive com soquetes parecidos com as incandescentes comuns. Elas foram desenvolvidas originariamente, objetivando a substituição das lâmpadas incandescentes.
Isso faz com que elas substituam as incandescentes sem necessidade de mudanças nas instalações.
Possuem maior durabilidade e podem ser utilizadas no lugar de praticamente todas as lâmpadas incandescentes devido a sua compactação e base compatível.

Lâmpada Fluorescente Compacta.

Apresentam várias vantagens, quando comparadas às incandescentes comuns, tais como:
- Consumo de energia até 80% menor, resultando daí uma drástica redução na conta de luz.
- Durabilidade até 20 vezes maior, implicando uma enorme redução nos custos de manutenção e de reposição de lâmpadas.
- Aquecem menos o ambiente, representando uma forte redução na carga térmica das grandes instalações, proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas de ar-condicionado.

São excelentes no quesito “poupar energia”. Entretanto, seu preço é bem maior do que o das incandescentes.
Pelo fato destas lâmpadas serem comercializadas por um preço maior que as incandescentes, sua aquisição só é válida se as suas características de vida longa, economia no consumo de energia e luminosidade forem, realmente, atendidas.
Por isso, é muito importante somente adquirir produtos certificados, pois testes do INMETRO indicam que há muito “picareta” por aí.

LÂMPADAS DE DESCARGA DE ALTA INTENSIDADE - HID

A Lâmpada HID possui uma tecnologia semelhante às lâmpadas fluorescentes, gerando um arco entre dois eletrodos no interior de um bulbo transparente lacrado e preenchido com um gás pressurizado. A iluminação HID não possui filamento.
Para alcançar sua potência máxima, ela necessita de um tempo de “aquecimento”. Nos casos de serem desligadas, necessitarão de um tempo para que sejam religadas novamente. Isso porque os gases internos, superaquecidos, não conseguem fazer a ionização e, por isso, necessitam de um tempo para resfriamento.

Lâmpada HID (descarga de alta intensidade) - vapor de mercúrio e sódio de alta pressão e iodetos metálicos.

A Iluminação HID aumenta 10 vezes mais a durabilidade da lâmpada, já que a mesma, por não possuir nada que quebre em seu interior, não corre risco de sofrer danos devido a vibrações.
Existem diferentes tipos de lâmpadas HID, tais como, iodetos metálicos, vapor de mercúrio e sódio de alta pressão. A melhor característica desse tipo de lâmpada é que seu pequeno bulbo pode produzir uma grande quantidade de luz. Seu uso mais comum se dá em grandes áreas que necessitam de uma grande quantidade de luminosidade, como ginásios, estádios e estacionamentos.

LÂMPADAS DE SÓDIO DE BAIXA PRESSÃO

Esta lâmpada é constituída por uma ampola de vidro, dentro da qual existe um tubo de descarga com gás (neon ou argon) e sódio depositado nas suas paredes.
Emite luz, assim como nas lâmpadas fluorescentes, devido à ionização.
A ionização do gás desta lâmpada tem de ser feita com uma tensão relativamente elevada (superior à da rede), por isso, também é utilizado um reator para o arranque.
Praticamente, emite somente uma cor (amarelo–alaranjado).

Lâmpada de Sódio de Baixa Pressão.

Não permite distinção entre as cores dos objetos que ilumina, pois tem um fraco índice de restituição de cor.
Tem uma elevada eficiência luminosa e uma vida útil elevada (cerca de 9 000 horas).
Tem um arranque lento, demorando entre 7 a 15 minutos a atingir o funcionamento normal.
De todas as lâmpadas disponíveis comercialmente, a de sódio de baixa pressão é a mais eficiente. Ela é usada, geralmente, ao ar livre, como ruas, praças, avenidas e estradas.

LÂMPADAS MISTAS

Como o próprio nome sugere, estas lâmpadas são compostas por um filamento e, também, por um tubo de descarga que produz ionização.
Funcionam em tensão de rede normal e não necessitam de reator, pois o filamento de tungstênio cumpre o papel do reator na limitação da corrente em funcionamento normal.
Normalmente, são alternativas mais eficientes do que as lâmpadas incandescentes de alta potência.

Lâmpada Mista.

A lâmpada mista é mais cara que uma incandescente, mas tem uma eficiência luminosa um pouco mais elevada (22 lúmens por watt) e uma vida útil cerca de cinco vezes maior.
É utilizada, frequentemente, em iluminação interior, substituindo a lâmpada incandescente.

LÂMPADAS DE LED – LUZ EMITIDA POR DIODOS

A lâmpada de LED é produzida sem o uso do filamento. A luz, aqui, é emitida por componentes eletrônicos, os tais “diodos emissores de luz”. Podemos dizer que é uma “revolução” no modo de emissão de luz elétrica.
Ela consome muito pouca energia e dura mais tempo do que qualquer outro tipo de lâmpada.
Esta última, é uma das razões pela qual a lâmpada de LED é preferida nos locais de difícil acesso para substituição.


Lâmpada de LED - Luz emitida por diodos.

São muitas as vantagens dos LED’s em relação aos outros tipos de fontes de luz:
- Sua vida útil chega a ser de 50 000 horas e, consequentemente, tem baixa manutenção. Sua eficiência energética é em torno de 50 lúmens por watt
- Não emite luz ultravioleta e, por isso, é ideal para os locais onde não se deseja esse tipo de radiação, tais como, exposição de quadros e obras de arte.
- O feixe luminoso é frio, pois o LED não emite radiação infravermelha.
- Como a tecnologia utilizada é o estado sólido, não tendo filamentos e nem vidro, são mais robustos e têm maior resistência a impactos e vibrações.

Mas, também, têm algumas desvantagens:
- O custo de aquisição é muito elevado.
- Às vezes, o índice de restituição de cor (IRC) não é o mais adequado.
- Nos LED’s de alta potência, a quantidade de luz emitida diminui com o aumento da temperatura, por isso, existe a necessidade de dispositivos de dissipação de calor.

Antes de se fazer a substituição de uma lâmpada, é bom certificar-se de que o bulbo escolhido seja o que melhor se aplica às necessidades requeridas.
Assim, ao aprender a comparar os vários tipos de lâmpadas, teremos sempre a certeza de estarmos fazendo a melhor escolha.

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Um comentário:

  1. Maravilhoso, muito maravilhoso.
    Esta forma de apresentar o conteúdo é algo inteligente.
    Obrigado.
    Parabéns!

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